O Acervo Origens é uma iniciativa do violeiro, pesquisador e produtor musical Cacai Nunes e visa pesquisar, catalogar, divulgar e compartilhar conteúdos musicais na internet e em atividades culturais das mais diversas como shows, saraus, bailes de forró e programas de rádio. Ao identificar, articular e divulgar a música brasileira, sua história e elementos – entendidos como o conjunto entrelaçado de saberes, experiências e expressões de pessoas, grupos e comunidades, sobre os mais diversos temas – o ACERVO ORIGENS visa contribuir para a geração e distribuição de um valioso conhecimento, muitas vezes ignorado e disperso pelo território nacional.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Balé popular do Recife (22/12/2010)

O Balé Popular do Recife surgiu em 1977, com o nome de “Grupo circense de dança popular", como resultado de uma iniciativa empreendida pelo então secretário municipal de Educação e Cultura do Recife, Ariano Suassuna, e o artista e encenador André Luiz Madureira. Eles realizaram um intenso trabalho de pesquisa com grupos de bumba-meu-boi, caboclinho, maracatu, pastoril e outros folguedos populares, e criaram o espetáculo Birncadeiras de um Circo em Decadência. A trupe tinha doze bailarinos, a maioria da mesma família: André Madureira, Ana Madureira, Antúlio Madureira, Anthero Madureira, Anselmo Madureira, Sílvia França, Ângela Fischer, Walmir Chagas e Lourdes Madureira. Com o sucesso do primeiro espetáculo, o grupo se instalou em no Circo da Onça Malhada, em Recife. Nesse período, Ariano Suassuna, que era Secretário de Educação e Cultura de Recife, cedeu o Teatro Santa Isabel para funcionar como sede do grupo. Também foi ele o responsável pelo nome Balé Popular do Recife, utilizado desde 1977. Inspirados nos folguedos populares, o Balé Popular do Recife une música, teatro e dança de forma belíssima. O grupo continua em atividade, e atualmente realizando projetos educacionais da maior importância para a cultura popular de Pernambuco. Em 1987, gravaram um LP com músicas que integram seus espetáculos. Reparem que a maioria são composições próprias, principalmente de Antúlio Madureira. Destaco a Faixa 5 do Lado A, Caboclinho – Toque para Irurubá, um ritmo incrível, com a melodia toda tocada por pífanos.


Lado A

1-      Meu rei – Tema do guerreiro de Alagoas (Recriado por André Madureira e Trio Romançal)
2-     Quadrilha – Nossa Senhora da Ajuda (Antúlio Madureira)
3-     Bumba – meu –boi (Tema popular do boi de Pindaré do Maranhão)
4-     Cavalhada – Dança (Antúlio Madureira)
5-     Caboclinho – Toque para Iurubá (A partir de temas populares-Antúlio Madureira)
6-     Relembrando o Norte (Severino Araújo)
7-     Vassourinhas (Matias da Rocha)

Lado B

1-          Maracatu Nação Pernambuco
(Bernadino José)
2-         Ciranda – Raio da lua (Antúlio Madureira)
3-         Cocão (Antúlio Madureira)
4-        Capoeira - meia-noite (Antúlio Madureira)
5-         Toque para Orixás (Walmir Chagas)
6-        Sete flechas (Antonio José Madureira)
7-         Despedida do guerreiro - Tema do guerreiro de Alagoas
(Recriado por André Madureira e Trio Romançal)


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